a partir de 1989 o famoso A80 começou sua carreira na engenharia da empresa, que após pouco mais de um ano, já construía protótipos da nova geração do Toyota Supra sob a carroceira do A70. Afinal, o carro tinha de ser um segredo bem guardado, pois a Nissan tinha olhos de “anime” sobre o rival da Toyota City. Até 1992, mais de 20 protótipos foram feitos e com motor 2JZ de seis cilindros em linha com 3.0 litros, duplo comando, 24 válvulas, injeção eletrônica de alta pressão e opção de turbo duplo, entregando assim 223 cavalos no aspirado e 280 cavalos no segundo. Mas, para resgatar as vendas que estavam em declínio nos EUA e Europa, o Toyota Supra A80 recebeu modificações no motor 3.0 para atingir 324 e 326 cavalos, respectivamente. A ideia não era perder vendas para os rivais e por isso uma cavalaria maior satisfaria os puristas de carros esportivos. O ganho em performance no Toyota Supra A80 foi tão grande que já era considerado um superesportivo, visto que ia de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos e tinha máxima de 285 km/h, apesar das limitações eletrônicas no Japão (180 km/h) e mercado internacional (250 km/h). Para oferecer uma dirigibilidade excepcional, a Toyota modificou o chassi para uma relação de equilíbrio de 51:49 e introduziu um câmbio Getrag de seis marchas para suportar as cargas maiores e melhorar o desempenho na versão turbinada.
Porém, no automático de quatro marchas, o peso maior fez essa relação ir para 53:47. Muito menor que o anterior, o Toyota Supra A80 foi encurtado para 4,51 m de comprimento e tinha apenas 2,55 m de entre-eixos. Porém, a largura passou para 1,81 m. Ou seja, a busca por estabilidade e comportamento dinâmico estava em primeiro lugar, deixando o imposto sobre tamanho de lado.
Visualmente, porém, o Toyota Supra A80 tinha um visual não tão atraente quanto o A70, ganhando uma carroceria mais fluída entretanto. Os faróis não eram mais retráteis e tinham lentes enormes. As linhas mais suaves eram acentuadas por um grande aerofólio, que passava a impressão (real) de alto desempenho. No entanto, por dentro, a Toyota decidiu exagerar na atenção para com o condutor, criando um painel mono cockpit totalmente envolvente e centrado no motorista, que assim podia se sentir como num caça a jato.
Sistema de áudio, climatização, instrumentação e parte da porta com os vidros elétricos estavam ao alcance das mãos.
Com alavanca de câmbio e freio de mão elevados, o Toyota Supra A80 era um convite para acelerar ao máximo.
Mas ele não apenas acelerava, fazia curvas de forma excepcional, chegando a curvar até próximo de 1g de aceleração lateral e com poder de frenagem inspirada na F-1, chegando a parar em 45 m a uma velocidade de 113 km/h, um recorde em 1997 e que só foi quebrado pelo Porsche Carrera GT em 2004, quando este parou em um metro a menos Ou seja, o Toyota Supra A80 podia literalmente mergulhar nas curvas após frenagem realmente muito curta, ganhando assim tempo nas voltas. Essa quarta e última (até agora) geração do bólido foi celebrada por muitos e ainda hoje é cultuada por praticantes de drifting e entusiastas de esportivos.
Em 1998, suas vendas nos EUA se encerraram por causa das limitações ambientais e quatro anos depois saiu de cena.
Emblemático, o Toyota Supra se tornou parte de uma cultura automobilística japonesa que se inseriu no mundo dos games, sendo representando em diversos jogos e simuladores, sendo também parte integrante da produção Velozes e Furiosos, assim como no mangá e no anime Initial-D, escrito para o quase mítico Toyota AE86


Toyota Supra antigo (até 2002): história e detalhes
